Sem Nome

O genesis do Papai Noel remonta a São Nicolau, um bispo católico do idos do século IV, cujos passos ecoaram pelas ruas de Mira, nas terras que hoje abraça a Turquia. Sua lembrança perdura como a de um homem afável, munido do dom de presentear as crianças no alvorecer de seu próprio aniversário, no sexto dia do mês de dezembro. Entretanto, com os ventos mutáveis da narrativa e as derivações que a lenda acarretou, a data viu-se transmutada para o vigésimo quinto dia do mesmo mês.

Já a concepção do Papai Noel, com seu traje vermelho exuberante, encontra raízes em narrativas diversas. Uma delas remonta às tradições germânicas e nórdicas, quando a história sobre São Nicolau penetrou na região e, em oposição à figura do presépio católico, os protestantes adotaram o personagem do bondoso velhinho, então envolto em vestes de cores variadas. Quanto ao vermelho… Bem, esse matiz foi uma invenção publicitária da Coca-Cola.

O corpulento ancião, de barbas nevadas e vestimentas vermelhas de inverno, irrompeu inicialmente nas páginas da revista norte-americana Harper’s Weekly, no idos de 1881. Entretanto, foi o artista Haddon Sundblom, em 1931, que o retratou num anúncio da Coca-Cola, adicionando-lhe um saco de dádivas e um gorro. Por meio de campanhas publicitárias bem-humoradas, onde o Papai Noel distribuía presentes pelos quatro cantos do globo, a marca de refrigerantes alavancou suas vendas, colhendo êxitos infindos.

E o Polo Norte? Mais que um cenário remoto, esse surgiu como artifício da Finlândia para fomentar o turismo local. Nos decênios de 1950, o governo finlandês erigiu uma vila na Lapônia, transformando-a no lar do afamado velhinho.

Quanto ao epíteto “Papai Noel”, sua conformação em língua portuguesa tem raízes entranhadas no idioma francês, onde “Noël” reverbera o espírito natalino. No inglês, conhecido como Santa Claus, advém de uma derivação de “Sinter Klass”, como São Nicolau era aclamado na língua dos Países Baixos.

Percebam Deus nos pequenos detalhes.

Graça, Paz e Misericórdia.