Quem Inventou a Árvore de Natal?

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A história da Árvore de Natal desvela-se como um legado creditado a São Bonifácio, o apóstolo dos germanos, que dedicou sua vida à evangelização da Alemanha. Nasceu na Inglaterra em 672 d.C. e encontrou seu martírio em 5 de junho de 754 d.C. Seu nome, em latim, Bonifacius, traduz-se como “aquele que faz o bem”, ecoando o mesmo significado de seu nome saxão, Wynfrith. Enviado pelo Papa Gregório II à Alemanha em 718 d.C., incumbido de reestruturar a Igreja, lá permaneceu por cinco anos, disseminando o evangelho em terras que hoje compõem os estados de Hessen e Turíngia.

Foi em 722 d.C. que, ascendendo ao bispado dos territórios germânicos, São Bonifácio concebeu a Árvore de Natal, provocando uma revolução peculiar no cenário ambiental germânico. Nesse ano, derrubou um imponente carvalho consagrado ao deus Thor, próximo à atual cidade de Fritzlar, na Alemanha, marcando o início formal da cristianização na região. Em meio à queda da árvore, que arrasou tudo em seu entorno, exceto um pequeno pinheiro, São Bonifácio interpretou esse evento como um sinal divino, um milagre.

Nesse período do Advento, enquanto discursava sobre o Natal, proferiu: “Doravante, chamaremos esta árvore de Árvore do Menino Jesus”. A tradição de plantar pequenos pinheiros para celebrar o nascimento de Jesus despontou, espalhando-se pela Alemanha e além, alastrando-se pelo mundo.

A tradição católica amalgamou a Árvore de Natal como uma nova Árvore da Vida, remetendo àquela do Jardim do Éden. Os adornos, como bolas coloridas, evocam frutos, símbolos de desejos, virtudes e sonhos das pessoas e do ambiente onde a Árvore de Natal repousa. No tempo de São Bonifácio, maçãs decoravam as árvores, simbolizando a nova frutificação e o antigo pecado original.

Ao contrário da narrativa edênica da serpente e da maçã, a Árvore de Natal se erigiu como um ícone de vida e redenção, plantada nos lares como símbolo de salvação. Velas também adornavam as árvores, representando Nosso Senhor Jesus Cristo, a Luz do Mundo.

A prática disseminou-se pela Europa e uma das primeiras referências ornamentais remonta ao século XVI, originária da Igreja da Alsácia, na França. As famílias adornavam os pinheiros com papéis coloridos, frutas, doces e enfeites. Esse costume transbordou pelas fronteiras europeias, alcançando o continente americano por volta de 1800.

Percebam Deus nos pequenos detalhes.

Graça, Paz e Misericórdia.