Você já se viu diante de algo fácil de ser feito? Tão fácil que uma multidão junta-se para realizar? Pense um pouco…

Muitas coisas devem ter passado por sua cabeça e ficou fácil perceber que você consegue realizar muitas coisas. Mas quantas dessas coisas você realiza por e para o amor?

O evangelho segundo João em seu capítulo 8, narra Jesus diante de uma situação comum e legal para a época, era uma multidão fazendo uma coisa fácil. Levam até Jesus uma mulher que foi pega em adultério, mais do que se fazer cumprir a lei, queriam testar Jesus.

“Disseram a Jesus: ‘Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Moisés, na Lei, mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?’” (Jo 8, 4–5).

Seguramente o desfecho dessa situação não era o que esperava a multidão, os mestres da lei e os fariseus foram lá para testar Jesus e por Ele acabaram sendo provados. Jesus em sua sabedoria divina olhou para uma multidão querendo fazer algo fácil como apedrejar uma mulher e os desafiou a fazer algo impossível

“Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: ‘Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra’” (Jo 8, 7).

No primeiro momento podemos dizer que Jesus sabia o que havia no coração de cada um ali e tinha conhecimento de suas faltas e assim tinha certeza que ninguém poderia lançar uma pedra na direção daquela mulher. Mas antes da lei dos homens deveria ser posta a lei de Deus, e a lei de Deus é o amor, que naquele momento desafia a multidão a compreender como a justiça divina funciona.

Mesmo que alguém considerar-se limpo e puro para lançar a primeira pedra assim que estivesse decidido a realizar, já seria ali um pecador, indo de encontro a lei de Deus. Não havia como apedrejar aquela mulher sem ferir ao menos um dos mandamentos da lei de Deus, então não haveria como uma só pedra ser lançada por alguém que não tivesse pecado. Jesus acabara de pedir a multidão o impossível.

Todos os dias está em nossas mãos a oportunidade de fazer o fácil, julgamos tudo e todos a nossa volta, faz parte da natureza humana e é assim que nos relacionamos com o mundo, dizemos para nós mesmo e para os outros nossos julgamentos, é bom, é ruim, é doce, é salgado, é alto, é baixo, é bonito, é feio, e certo, é errado, a todo momento fazemos julgamentos e eles são inevitáveis.

Quando julgamos somos humanos, mas Jesus vem nos mostrar algo que vai além de nossa humanidade. Após pedir a multidão o impossível, Ele nos ensina a fazer o quê é possível, não somos capazes de parar de julgar, mas somos capazes de não sentenciar o outro pelo nosso julgamento.

“Então Jesus lhe disse: ‘Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais’” (Jo 8, 11b).

Jesus nos desafia ao impossível de nossas capacidades, para que aprendamos a fazer o possível, condenar pode ser o fácil que toda uma multidão está disposta a fazer, mas quando você se deparar com a pedra do seu julgamento em suas mãos, não sentencie, não condene ninguém com ela, lembre-se que o amor está dentro de você e que amar não é impossível.

Graça, Paz e Misericórdia.

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