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Apollo 11 foi um voo espacial tripulado norte-americano responsável pelo primeiro pouso na Lua. Os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin alunissaram o módulo lunar Eagle em 20 de julho de 1969. Armstrong tornou-se o primeiro humano a pisar na superfície lunar e Aldrin o segundo.
No mesmo ano nascia a ARPANet (Rede de Agencias de Projetos de Pesquisa Avançada ou Rede da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada dos Estados Unidos) que possibilitou o surgimento da primeira conexão entre os computadores da Stanford e da UCLA.
Dois anos depois, o primeiro e-mail foi enviado por Ray Tomlinson. Naquele ano, também aparece o primeiro vírus Creeper. No início dos anos 70, nasceu a palavra Internet, que era aplicada ao sistema de redes interconectadas por meio dos protocolos TCP e IP (Transmission Control Protocol / Internet Protocol) nos quais eles baseavam serviços de Internet e e-mails. Isso tudo até 1990, quando Tim Berners-Lee, conhecido como o pai da web, cria a linguagem HTML. A equipe do cientista criou o primeiro cliente web “World Wide Web” (www).
Estes grande avanços tecnológicos permitiram que no dia 29 de junho de 2007, Steve Jobs, cofundador da Apple, apresentasse a primeira versão do iPhone, que ele definiu na época como “um iPod, um telefone e um comunicador de internet” – tudo em um lugar só. Mudando os rumos da indústria de telecomunicações mundial e ditando muito do que existe hoje nesse aparelho que possivelmente você está utilizando para ler esse texto.
Durante essas 4 décadas (1969-2007) a Santa Mãe Igreja viveu quatro pontificados, o do Papa São Paulo VI (de 1963 a 1978), do Papa Beato João Paulo I (em 1978), do Papa São João Paulo II (de 1978 a 2005) e do Papa Emérito Bento XVI (de 2005 a 2013).
Mas o quê esses fatos têm em comum? Bem, do ponto de vista da ciência, tecnologia e inovação, nomes como Neil Armstrong, Buzz Aldrin, Ray Tomlinson, Tim Berners-Lee e Steve Jobs são referencias históricas e autoridades admiradas em suas áreas. Enquanto do ponto de vista da filosofia, sociologia e teologia, nomes como Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI são igualmente referencias históricas e autoridades admiradas e para nós católicos aqui cabe destacar que dos nossos últimos quatro papas dois são santos da Igreja, um é beato e o outro ainda está vivo e é considerado o maior teólogo da Igreja vivo, não sei, não posso prever o futuro, mas se depender das orações desse que vos escreve, será santo da Igreja um dia.
Muitas características de pessoas como essas podem ser destacadas para explicar o que as torna diferenciadas das demais de seu tempo, mas uma coisa é unanime entre elas, seus legados deixaram a nossa vida mais simples. Seja reduzindo a dificuldade de comunicação ou descomplicando o caminho que nos leva a santidade.
Em tempos de exposição excessiva muitos de nós deseja muitas vezes ser o próximo a viralizar, a ficar famoso, a fazer a grande coisa e isso pode nos levar para o caminho contrário, nos afasta do objetivo maior e por vezes nos faz esquecer o que realmente deveríamos valorizar.
Uma frase atribuída a Steve Jobs diz que, “ser o homem mais rico do cemitério não me interessa. Ir para a cama à noite dizendo que fiz alguma coisa maravilhosa é o que importa para mim”.
Muitas vezes nos falta esse amor de fazer uma coisa maravilhosa por dia, ninguém se torna um Steve Jobs com um único feito, assim como ninguém se torna um São João Paulo II com uma única oração. Precisamos perseverar no dia a dia, durante toda uma vida, mas não em busca de um único grande objetivo, mas em busca de uma coisa maravilhosa por dia.
Como nos ensinou São Paulo VI que podemos aprender uma coisa maravilhosa sobre Deus todos os dias, como nos ensinou Beato João Paulo I que podemos ser um maravilhoso instrumento de paz na vida do irmão todos os dias, como nos ensinou São João Paulo II que podemos encontrar uma nova maneira maravilhosa de nos entregar a Deus todos os dias e como nos ensina Bento XVI que somos capazes de encontrar um maravilhoso significado de Cristo nas nossas vidas todos os dias.
Se não está convencido, sugiro que você vá ao exemplo dos exemplos, leia os Evangelhos e você vai perceber que a grande obra de nosso Senhor Jesus Cristo foi sim morrer por nós e ressuscitar ao terceiro dia. Embora esse seja o sacrifício de amor supremo, Ele mudou a vida de todos que o seguiam de coração sincero fazendo coisas maravilhosas todos os dias e não falo dos milagres, me refiro a acolhida, a orientação, aos conselhos, aos ensinamentos. Percebamos que antes de Jesus dizer que o Espírito estava pronto para realizar o seu grande feito (Mt 24), Ele já tinha realizado muitas coisas maravilhosas todos os dias e esse também é o nosso chamado.
Ali, nas coisas simples do dia a dia onde podemos vivenciar as maravilhas de Deus, talvez o seu grande chamado seja para criar a próxima grande coisa da humanidade, mas só se torne capaz de descobrir isso no sorriso de bom dia que oferta ao porteiro, no abraço de seja bem vindo que oferta a visita em sua casa, no sinal da cruz em agradecimento a Deus que ensina as crianças antes de comer ou na hora de dormir, no pedido de desculpas que faz ao ofender alguém, na benção que pede a Deus para um filho (ou afilhado), na meia hora que reserva por dia para ficar em oração com Deus.
No final, sua grande missão pode não incluir fama e fortuna, mas pode incluir muitas pequenas coisas simples que farão você sentir que sua vida é sim maravilhosa e quando se der conta disso, vai entender que a sua vida é tão maravilhosa que deixou a vida de outros maravilhosa pelo menos uma vez.
Percebam Deus nos pequenos detalhes.
Graça, Paz e Misericórdia.