O Glória não é cantado para que possamos viver no advento um tempo de incompletude, onde a alegria da Igreja não está completa, para que vivamos a espera vigilante que sustentada na esperança transbordará de alegria na noite de Natal.
O correto é usar a música pela mensagem que Deus pode passar com ela, não por quem a compôs ou a gravou.
Pode ser reflexo da falta de zelo com a formação e instrução dos fiéis, aliada a um hábito imediatista com o qual nos acostumamos a conviver. Mas ressalto que essa escassez pode não ser algo tão prejudicial a fé, se não temos um cântico para Deus, pode ser o momento que Ele deseja que silenciemos para ouvir o que Ele tem para nos falar.
Porque a Santa Missa não deve ser vista pelo católico como um evento isolado, como se fossemos assistir uma peça de teatro com roteiro fixo a ser encenado, que no fim todos aplaudem e vão embora.
Saímos da igreja para «ir em paz» levar a Bênção de Deus às atividades diárias, aos nossos lares, aos ambientes de trabalho, às ocupações da cidade terrena, “glorificando o Senhor com a nossa vida”.
É o próprio Senhor quem o diz: «Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e Eu nele» (Jo 6, 56).
Esta não é uma das tantas orações cristãs, mas é a oração dos filhos de Deus: é a grande oração que Jesus nos ensinou.
Nesta Oração solene a Igreja exprime o que ela cumpre quando celebra a Eucaristia e o motivo pelo qual a celebra, ou seja fazer comunhão com Cristo realmente presente no pão e no vinho consagrados.
