A união vitalícia e monogâmica dos sexos e a família dela proveniente serviram de base segura à civilização ocidental ao longo dos séculos. No século XX, entretanto, – em apenas algumas gerações – sexo, casamento e família foram radicalmente desmontados e redefinidos. Comportamentos que antes eram comumente considerados como afrontas à dignidade humana e como séria ameaça à ordem social foram não apenas elogiados pela mídia como bens a serem buscados, mas também sancionados e protegidos como “direitos” legais pelo governo. 

Já se perguntou alguma vez o que teria trazido essa mudança tão radical e rápida? A resposta é complexa, mas uma coisa é certa: para que esse tipo moderno de “liberação” sexual pudesse vingar, a consequência natural do sexo (procriação) devia ser eliminada. A revolução sexual do século XX é simplesmente inexplicável sem a aceitação quase universal da contracepção. 

Os pregoeiros da anticoncepção, no começo de 1900 e nos anos seguintes, sabiam que sua causa só poderia ser levada adiante com a “bênção” das igrejas cristãs. Até 1930, católicos, ortodoxos e protestantes estiveram unidos na condenação de toda tentativa de esterilizar o ato matrimonial. Naquele ano, a Igreja Anglicana rompeu com mais de 1900 anos de ininterrupto ensino cristão. Quando a pílula debutou, em 1960, a Igreja Católica era o único grupo cristão a defender aquilo que em trinta anos passou a ser visto como uma posição arcaica e até absurda. 

Inspirados por uma badalada, mas falsa visão do Concílio Vaticano II, muitos esperavam que a bênção do Papa aos contraceptivos estivesse iminente. No entanto, enfrentando uma incomensurável pressão global, o papa Paulo VI chocou o mundo ao reafirmar, em 1968, o ensinamento tradicional contra a contracepção, em sua carta encíclica Humanae Vitae (Da vida humana). O efeito da encíclica foi o de uma bomba. A controvérsia por ela provocada ainda perdura em nossos dias. 

Percebam Deus nos pequenos detalhes.

Graça, Paz e Misericórdia.

Fonte: WEST, C. Teologia do corpo para principiantes: uma introdução básica à revolução sexual por João Paulo II. Madrid: Myrian, 2008.

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